Neste artigo você saberá o que é Scrum e como ele pode aumentar a agilidade nos processos decisórios dentro de sua organização.
O que é Scrum?
Se você está envolvido com o mundo de desenvolvimento de softwares provavelmente já ouviu falar do Scrum. Contudo, se trabalha em outros setores da economia, talvez nunca tenha se deparado com este termo.
Scrum pode ser definido como um framework simples que reúne um conjunto de práticas, valores e princípios utilizados no desenvolvimento de produtos e gerenciamento de projetos. Não constitui uma metodologia, processo ou técnica definitiva. Mas, é usado para trabalhos complexos nos quais é difícil predizer tudo o que irá ocorrer.
Neste sentido, convido-os a refletir aqui sobre os diversos trabalhos complexos e com imprevisibilidade, riscos e incertezas que você lida. E isto independe do tipo de negócio ou de nossa área de atuação, não é mesmo?
Assim, apesar do framework Scrum estar fortemente atrelado ao desenvolvimento de softwares e ter ganhado mais força após o Manifesto Ágil (Agile Manifesto) em 2001, certamente ele pode ser utilizado como uma abordagem geral de gerenciamento de projetos em diversos tipos de negócio.
O ponto central é o entendimento de sua essência. Além do conhecimento de suas diretrizes. Desta forma, é possível avaliar se faz sentido adotar tal prática ou não na organização onde atua. Também é importante avaliar a cultura organizacional e sua sinergia com o framework Scrum.
Sua essência
A essência do Scrum está nas pessoas. A ideia é que através de times pequenos, auto gerenciáveis além de papéis e responsabilidades bem definidos, seja possível conferir agilidade, engajamento e ganho de performance para a organização.
Desta forma, a tomada de decisões fica menos dependente de poucos, conferindo maior autoridade as pessoas e agilidade para a organização como um todo. Os times autônomos “rodam” constantes ciclos de feedbacks, buscando eliminar a todo o momento dificuldades e restrições. A autonomia para a tomada de decisões contrapõe o modelo de comando e controle de organizações mais hierárquicas e está mais atrelado ao modelo de gestão horizontalizado conhecido como Management 3.0. Também, está mais em consonância com o movimento das Organizações Responsivas e Organizações Evolutivas Teal.
Ou seja, além da natureza do projeto onde é difícil planejar à frente. Ademais, para que o Scrum funcione e faça sentido, é importante que a organização esteja disposta a conferir mais autonomia as pessoas. Caso contrário, corre-se o risco deste framework gerar insatisfação e causar descrença no time.
Quais as diretrizes de aplicação do Scrum?
Algumas diretrizes básicas deste framework compreendem seus pilares, os papéis e responsabilidades do time e os eventos e cerimônias. Apesar de sua flexibilidade, tais diretrizes são fundamentais para o sucesso dos times.
Os pilares para os times são três: transparência, inspeção e adaptação. Respectivamente estes pilares representam a importância de todos saberem de tudo. Tanto dos resultados positivos quanto dos gargalos e dificuldades do projeto. Além disso, de se ter inspeção para detecção de eventuais problemas. Por fim, de haver a possibilidade de uma rápida adaptação porque problemas que gerariam resultados indesejados poderiam ser detectados.
Cada time apresenta três papéis essenciais com suas responsabilidades específicas: Product Owner (PO), Scrum Master e Time de Desenvolvimento. O Product Owner é responsável por direcionar a construção de recursos e funcionalidades assim como as prioridades de desenvolvimento. Assim, é de responsabilidade dele manter e comunicar a todos os outros participantes uma visão clara do que se busca alcançar no projeto. O Scrum Master é responsável por ajudar na sintonização com os valores, princípios e práticas do Scrum. Já o Time de Desenvolvimento, compreende diferentes profissionais que são responsáveis pela concepção, construção e testes no desenvolvimento de produto.
Como eventos e cerimônias o Scrum prescreve, entre outros:
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Planejamento de Sprint
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Scrum diário
O coração do Scrum é a Sprint. Sprints tendem a durar entre 2 a 4 semanas, e são um esforço de comprometimento do time em uma faixa de tempo. Assim, Cada Sprint é precedida de uma reunião de Planejamento de Scrum. Nesta reunião, as tarefas do backlog do produto (conjunto de tarefas já priorizadas) são identificadas para a Sprint específico, gerando assim a Sprint Backlog.
Dentro da Sprint são realizadas reuniões diárias de 15 minutos. Nesta reunião, a equipe planeja o trabalho para as próximas 24 horas. Além disso, ainda há espaço para colaboração e otimização do desempenho do time.
A Invillia já possui o framework Scrum arraigado em seus processos ágeis de desenvolvimento de produtos. Por conseguinte, é muito comum que ele seja aplicado durante uma jornada de desenvolvimento de produto. Como os Times ou Squads são multidisciplinares e possuem um elo forte com o negócio, a cultura deste framework é então rapidamente disseminada para nossos clientes, mesmo aqueles que não são da área de desenvolvimento de softwares. Por conseguinte, surpresas muito positivas podem surgir. Os principais ganhos relatados são a agilidade de entrega, a possibilidade de se gerar inovações ao longo do desenvolvimento e também a diminuição de riscos e de surpresas ao longo de todo processo.
Portanto, tendo em vista a essência do Scrum, suas diretrizes básicas e o exemplo da Invillia, será que o Scrum pode ser aplicado na organização onde trabalha?
Para aqueles que despertaram interesse em conhecer mais sobre o Scrum, acesse o “The Scrum Guide” dos co-criadores do Scrum Ken Schwaber e Jeff Sutherland.
Referências:
www.scrum.org
https://www.scrumguides.org/
https://resultadosdigitais.com.br/agencias/scrum/